A infraestrutura hiperconvergente (HCI – Hyperconverged Infrastructure) combina armazenamento (storage), computação e redes em um único sistema. Essas plataformas incluem um hipervisor para computação virtualizada, armazenamento definido por software e rede virtualizada.
A hiperconvergência é mais do que a simples combinação de armazenamento e computação em uma só solução. Quando toda a pilha de TI com vários componentes de infraestrutura é combinada em uma plataforma definida por software, você conclui tarefas complexas em minutos, não em horas. A hiperconvergência oferece a você a agilidade e a economia da nuvem, com as capacidades empresariais de infraestrutura no local.
Os conceitos por trás do surgimento da infraestrutura hiperconvergente são bastante simples, mas é preciso saber tirar o máximo proveito dos muitos benefícios que ela traz e evitar as armadilhas que se apresentam.
A infraestrutura hiperconvergente é uma evolução e uma alternativa às arquiteturas tradicionais de data center de três camadas. Ela continua a evoluir à medida que novos fornecedores entram no mercado e mais empresas recorrem à hiperconvergência em toda ou em parte de sua infraestrutura de TI.
Há pouco tempo, a indústria definiu a HCI como uma plataforma centrada em software, que integra rigidamente computação, armazenamento e virtualização em hardware comum. Essa definição expandiu-se nos últimos dois anos, à medida que a tecnologia está evoluindo e se consolidando.
Por mais estrita ou vagamente que seja definida, a premissa básica e os benefícios da infraestrutura hiperconvergente permanecem os mesmos. O objetivo da HCI é superar as deficiências da arquitetura tradicional de data center de três camadas, por meio de uma plataforma de arquitetura de data center que é mais fácil de gerenciar e dimensionar, oferecendo mais flexibilidade e menor custo total de propriedade. No entanto, a HCI vem com seu próprio conjunto de possíveis complicações.
As 10 dicas a seguir representam uma série de práticas recomendadas, que podem ser aplicadas em estágios variados do ciclo de compras, implantação e gerenciamento, para colaborar no aproveitamento máximo dos benefícios da infraestrutura hiperconvergente.
1. Erros a evitar na fase de aquisição
A HCI não é mais uma tecnologia de nicho para infraestrutura de desktop virtual e outras necessidades especializadas. No entanto, à medida que mais empresas transferem seus data centers das arquiteturas tradicionais para a HCI, muitas estão cometendo os mesmos erros de antes quando fazem as aquisições. Os erros mais comuns que os compradores cometem ao adquirir e implementar a HCI são:
· Acreditar que a arquitetura de infraestrutura hiperconvergente é uma panaceia para a gestão da infraestrutura.
· Deixar as decisões sobre armazenamento em segundo plano.
· Subestimar os requisitos de rede.
· Falhar na compreensão dos requisitos dos aplicativos.
· Não antecipar o impacto do crescimento futuro.
· Comprometer-se com um dispositivo hiperconvergente baseado em hardware.
· Escolher um produto hiperconvergente proprietário.
· Subestimar as demandas dos aplicativos de análise de dados.
· Errar ao selecionar uma pilha completa de data center definida por software
2. HCI, uma parceira da nuvem híbrida
Como a nuvem, o HCI é relativamente fácil de usar e gerenciar. Ambas permitem que as empresas dimensionem recursos, como computação e armazenamento, na proporção que faz mais sentido para elas. Essas semelhanças entre HCI e computação em nuvem existem, em parte, porque a virtualização está no centro de ambas. A virtualização também é o que ajuda a tornar as duas plataformas parceiras ideais para organizações que buscam aumentar sua presença virtual e implementar uma arquitetura de TI em nuvem híbrida que, por exemplo, facilita a troca de cargas de trabalho entre o data center local e a nuvem pública.
3. As SDN desempenham um papel vital na HCI
Os primeiros sistemas de HCI ficavam a desejar quando se tratava de redes definidas por software (SDN). Isso mudou, no entanto, à medida que as tecnologias SDN se tornaram mais adequadas às configurações de HCI, ao ponto em que agora é essencial que os administradores de TI levem em conta a integração total das camadas SDN centradas em software, ao considerar a implantação de HCI. A SDN agora desempenha um papel significativo na hiperconvergência, ajudando a aproveitar ao máximo a tecnologia de rede centrada em software na HCI.
4. O que há de novo no vSAN
A VMware atualizou o vSAN, seu software hiperconvergente, que transforma o armazenamento local nos servidores ESXi em armazenamento de máquina virtual compartilhada (VM), na versão 6.7 lançada no ano passado. Ela melhorou o tratamento de falhas e reformulou a interface do usuário, para tornar o vSAN uma opção de armazenamento hiperconvergente apropriada para cargas de trabalho críticas adicionais. Os aprimoramentos incluíram uma nova interface HTML5, Adaptive Resync para rebuilds mais rápidos, suporte para Windows Server Failover Clustering baseado em iSCSI, implantação aprimorada do Metro Cluster (vMSC) e failover de rede mais rápido. Essas alterações no vSAN tornaram o software de armazenamento hiperconvergente para cargas de trabalho de VM mais adequado para uma ampla variedade de casos de uso do que antes.
5. A linha entre convergência e hiperconvergência está ficando mais tênue
Novas tecnologias estão permitindo aos usuários escalar componentes separadamente, aproximando o que é tradicionalmente definido como infraestrutura convergente e hiperconvergente. Espere ver cada vez mais produtos de infraestrutura que apliquem as lições aprendidas com a HCI e integrem recursos que ofereçam tanto os benefícios de infraestrutura convergente quanto hiperconvergente.
6. Infraestrutura composable, convergente e hiperconvergente
A convergência ocorre de várias formas. Há CI e HCI, é claro, mas também um tipo mais novo de infraestrutura que está ganhando força: composable. As Composable Infrastructures criam pools de recursos virtuais, que são compostos automaticamente, quase em tempo real, para atender às necessidades de computação. Um sistema composable trata os dispositivos físicos de computação, armazenamento e rede como serviços e gerencia toda a TI por meio de um único aplicativo.
A CI, a HCI e a Composable Infrastructure têm os mesmos objetivos de fornecer recursos de computação, armazenamento e rede de maneira eficiente e fácil, além de otimizar as cargas de trabalho. Cada uma atinge esses objetivos de maneira bastante diferente. Conhecer os meandros dos três tipos de infraestrutura pode ajudar a guiá-lo para a arquitetura melhor para sua empresa.
7. Suporte do Windows Server 2016 para a HCI
A Microsoft adicionou em 2018 uma série de recursos para oferecer suporte à HCI, baseada em hipervisor do Hyper-V. No entanto, a hiperconvergência usando o Windows Server 2016 requer muito planejamento. Você deve certificar-se de usar e configurar a plataforma física adequada, por exemplo, e configurar corretamente seus recursos virtualizados. Há várias etapas necessárias para implantar com êxito o Windows Server HCI usando o Hyper-V e virtualizar adequadamente os recursos de computação, armazenamento e rede para obter toda a gama de benefícios de infraestrutura hiperconvergente.
8. Vulnerabilidade dos sistemas hiperconvergentes a ameaças ao processador
No início de 2018, a equipe do Project Zero do Google notificou falhas de segurança nos processadores Intel, AMD e ARM. Essas vulnerabilidades, chamadas Spectre e Meltdown, aproveitam o recurso de execução especulativa dos processadores modernos para criar uma grande falha de segurança em ambientes multi-tenant, onde os locatários podem potencialmente capturar dados confidenciais, como senhas e números de cartão de crédito, um do outro. Não é apenas o hardware que é afetado. Os produtos definidos por software que executam processos de aplicativos em hosts, incluindo sistemas hiperconvergentes, são igualmente vulneráveis e devem ser atualizados e tratados corretamente.
9. A segurança de dados em HCI requer ferramentas e técnicas exclusivas
A proteção de dados em um ambiente hiperconvergente exige uma abordagem tão unificada e abrangente quanto a própria HCI. Deve ser capaz de proteger recursos nas etapas de controle, dados e gerenciamento; enfrentar o desafio de proteger abstrações de hardware subjacente de computação, armazenamento e rede, com seu perfil de segurança comum e conjunto de serviços compartilhados; e ser flexível o suficiente para proteger os dados diante de cargas de trabalho variáveis e em constante evolução. Os administradores enfrentam desafios para a proteção de dados de HCI, mas existem várias estratégias disponíveis para enfrentá-los.
10. Procure um fornecedor com experiência em casos de uso específicos de HCI
A hiperconvergência tem suas vantagens, com certeza. Mas a tecnologia de infraestrutura nem sempre é adequada para todas as cargas de trabalho que cada empresa necessita, principalmente porque as configurações de hardware HCI pré-empacotadas ainda tendem a ser um pouco inflexíveis. Isso não é realmente um problema para a maioria das máquinas virtuais comuns, mas é potencialmente um grande problema para empresas que executam aplicativos de alto desempenho ou cargas de trabalho virtualizadas que exigem grandes quantidades de armazenamento.
Trabalhe com um fornecedor que tenha experiência baseada em casos de uso específicos, incluindo infraestrutura de desktop virtual e backup, e que possa auxiliá-lo a desenvolver uma estratégia e um planejamento adequados, que orientem tanto as decisões referentes às soluções técnicas e conceituais, visando atender as necessidades corporativas, com o melhor retorno sobre o investimento.
Conclusão
A TI se torna mais complexa a cada dia exigindo cada vez mais de seus profissionais. Embora existam muitas razões para isso, a crescente dependência de big data para gerar receita e a capacidade de fornecer tecnologias e serviços como IA, contêineres e análise de big data para alcançar maior eficiência, aumentaram a responsabilidade da TI no que se refere aos resultados corporativos.
A Infraestrutura Hiperconvergente transforma os data centers, reduzindo a complexidade e facilitando o gerenciamento da infraestrutura e das cargas de trabalho que as equipes de TI devem disponibilizar para as operações de negócios.