Carros que viajam sozinhos ao destino escolhido pelo passageiro. Também avisam sobre horário de compromissos, programam a própria recarga de energia e decidem o melhor trajeto, ao acessarem aplicativos de trânsito.
Há também a geladeira que avisa que o leite está acabando e, sozinha, encomenda alimentos no supermercado. Casacos e calças têm sensores e termostatos que medem a temperatura do corpo. O relógio de pulso apita quando o usuário se aproxima de uma farmácia, pois reconhece que lá estão os melhores preços para o remédio da pressão.
Dentro de casa, as cortinas se abrem conforme o sol bate e as luzes dos cômodos acendem ou apagam com a entrada e saída dos moradores. Na cidade, as vagas possuem sensores que avisam aos motoristas onde há disponibilidade para parar o carro.
Tudo isso é Internet das Coisas, a conexão de objetos à internet, para captar e transmitir dados, receber e executar ordens. A expansão da banda larga abriu caminho para a IoT (sigla em inglês para Internet of Things), com o custo da conexão caindo, aparelhos fabricados com Wi-Fi e sensores incorporados. Os preços da tecnologia estão reduzindo e a penetração do smartphone é muito rápida.
A IoT não se limita aos aparelhos do cotidiano e aos dispositivos portáteis, também se aplica aos componentes de motores, por exemplo, como um motor de avião ou a broca de uma plataforma de petróleo, a qual denomina-se IIoT (Industrial Internet of Things). A Internet das Coisas vai se expandir na medida em que as empresas avançarem nos processos internos de desenvolvimento.
A estimativa dos especialistas é que, até 2020, haverá mais de 26 bilhões de dispositivos conectados. Alguns estimam um número muito maior, próximo dos 100 bilhões. Onde couber um chip e houver um serviço para automatizar, por meio de Inteligência Artificial e Big Data, a IoT crescerá.
O caminho para que essas estimativas se concretizem passa pela evolução dos objetos conectáveis, da tecnologia que liga os objetos em rede, da infraestrutura para a conectividade, das plataformas de recepção e emissão de sinais, dos aplicativos para os usuários e das soluções de segurança.
A seguir, explicamos o que são cada um desses itens:
Objetos conectáveis: eletrônicos, termostatos, câmeras IP e medidores, além de controles e objetos virtuais.
Tecnologia: chips, sensores de redes wireless, sensores de curto alcance, dispositivos de captura e módulos de transmissão.
Conectividade: redes com e sem fio, serviços de provedores e gateways e a administração de redes. Assim como a banda larga, os sinais 3G, 4G e 5G.
Plataformas: são os softwares capazes de integrar todos os sensores juntos, automatizando tarefas e possibilitando o monitoramento.
Aplicativos: programas com tecnologia de cloud computing, que oferecem uma solução de serviço específica para cada demanda. Um exemplo é o CRM, sistema usado para gerenciar o relacionamento com clientes.
Segurança: as soluções de segurança são fundamentais para a garantia do funcionamento do ecossistema IoT, ao evitar ataques cibernéticos.
A propagação de IoT no país está gerando demandas para as mais diversas áreas, aumentando, inclusive, os investimentos em computação em nuvem, plataforma fundamental para o processamento de dados. A inteligência cibernética também ganha cada vez mais espaço no campo da detecção prévia, com o monitoramento.
Entenda o conceito e saiba como usar esta ferramenta a favor do seu negócio.
O conceito de Internet Of Things é definido como um processo de automação que conecta objetos físicos através de softwares predefinidos, gerando um sistema de comunicação independente.
Essa conexão é online e realizada por sensores de identificação por radiofrequência (RFID) que repassam a informação personalizada de cada aparelho a partir de wireless.
As informações de cada maquinário são únicas, acessadas através da big data que possui todos os dados dos equipamentos conectados através do armazenamento em cloud.
Esse acesso possibilita a interação entre os aparelhos através da internet.
Como a IOT atua?
Com essa conexão de produtos, a IOT gera independência em tarefas realizadas por pessoas e cria acesso às informações para o usuário mesmo a distância, como é o caso dos sistemas de segurança residenciais.
É uma conexão que aproxima-se do conceito machine-to-machine utilizado em meios industriais, porém, com perspectiva de desenvolver um único sistema de informação.
Para exemplificar a aplicação da Internet Of Things, basta lembrar dos sensores de vagas instalados em estacionamentos que identificam os locais disponíveis. A contagem de clientes em uma loja realizada por sensores, a gestão de equipamentos para identificar a performance do maquinário ou mesmo os aplicativos de corrida que apresentam a rota, quilômetros e demais informações ao corredor são outros exemplos que já estão bastante presentes em nosso dia a dia.
Essa conexão ainda pode ser utilizada para medição por produtos industriais, que constatam a quantidade de gases, água ou substâncias diversas presentes no reservatório.
Além de aplicações frequentes, há investimentos complexos que estão sendo realizados: a IBM abriu conexões com 500 parceiros prometendo a integração da plataforma em IOT baseada na tecnologia de inteligência cognitiva.
Empresas como a Softbank já integraram serviços para atendimento ao cliente, assim como a Medtronic, que utiliza o sistema em um aplicativo que monitora e prevê crises de hipoglicemia, alertando o usuário antes do ocorrido.
Como a IOT pode ajudar minha empresa?
Mesmo com diversidade de aplicações, há padrões que a IOT oferece em relação às garantias para empresas, como:
- Maior automação e redução de gastos: com sistemas independentes, não há necessidade de mão de obra abundante, eliminando gastos com processos de acompanhamento de serviços, identificação de falhas ou mesmo conexão com técnicos para reparos eventuais;
- Controle: o IOT pode ser direcionado para acompanhar, por exemplo, serviços de entrega ou desenvolvimento de produtos, indicando desvios de rotas ou instabilidade em alguma elaboração;
- Diminuição de tempo gasto: os serviços automatizados, além de limitar custos, agilizam processos. Assim, influenciam diretamente nas atividades da empresa e, em grande parte, aumentam os lucros e desempenho do setor.
Esses pontos são conjuntos com as demais especificidades que Internet Of Things pode oferecer em cada tipo de serviço, afinal, a conexão entre os equipamentos pode gerar atividades próprias em cada maquinário.
Imagine, por exemplo, um setor de transporte controlando a frota de veículos à distância ou um profissional autônomo comandando seus softwares de trabalho por controle de voz. Os benefícios são específicos para cada área, porém, sempre fornecendo melhoras.
A IOT deixou de ser uma possibilidade futurista e já é realidade, mesmo que muitas vezes a gente não se dê conta disso. É a grande tendência do mundo digital, e por isso vem sendo aprimorado e oferecendo recursos atrativos para um cotidiano mais prático e tecnológico.