Entenda as principais diferenças entre a computação nas nuvens híbridas, privadas e públicas
O crescimento do volume de dados produzido pelas empresas vai tornar inconcebível alocar arquivos em discos rígidos. Além do maior risco de perda ou de dano, da falta de praticidade e da menor velocidade no acesso às informações, o acúmulo gradual do tráfego de informações revela um único caminho possível aos gestores: a migração do seu patrimônio virtual para a nuvem. E a maioria das empresas já se conscientizaram dessa necessidade: em 2017, a computação nas nuvens deverá trafegar 5,3 zettabytes — 4,5 vezes mais que o 1,2 zettabyte computado em 2012. Essa mudança representa uma taxa anual de crescimento composto na faixa de 35% — o que significa, em outras palavras, que sua concorrência pode estar sendo mais ousada do que você.
Entretanto, uma vez convencido de que a migração para a computação em nuvem é urgente, por qual modelo de provimento de serviços optar? Nuvem pública? Privada? Híbrida? Hoje mostraremos as características de cada formato para você escolher o modelo ideal para seu negócio:
A nuvem pública
A nuvem pública é prestada por um provedor de serviços de hospedagem, manutenção e gerenciamento dos dados de uma empresa ou cliente. O fornecedor cobra apenas pelos recursos usados em infraestrutura de aplicação, softwares, ativos de rede ou sistemas operacionais (pay per use).
Vantagens
– Baixo custo;
– Simples utilização;
– Modelo ideal para empresas com orçamento limitado.
Desvantagens
– A infraestrutura disponibilizada é compartilhada com outras empresas ou usuários;
– Nível de segurança inferior ao da nuvem privada — o que não é adequado para alocação de dados sigilosos.
A nuvem privada
A ideia é semelhante à pública, com o diferencial de não haver compartilhamento de recursos de TI com outras empresas ou clientes. Nesse caso, o usuário tem infraestrutura dedicada para utilização, além do controle absoluto do fluxo de informação. Em geral, toda a estrutura é montada dentro da organização.
Vantagens
– Possibilidade de customização;
– Maior nível de segurança;
– Suporte dedicado.
Desvantagens
– Alto custo de implementação.
A nuvem híbrida
Esse modelo de implementação para a computação nas nuvens mescla as vantagens dos 2 tipos anteriores. A nuvem híbrida parte da premissa de que nem todos os dados corporativos são críticos, o que significa que jogar tudo para uma nuvem privada pode não ser necessário. Sendo assim, as informações sigilosas são alocadas em nuvem privada, enquanto sistemas menos críticos — como CRM, e-mails e backups — podem ir para a nuvem pública. Esse formato traz, portanto:
– Custos menores do que o de uma nuvem privada;
– Grande escalabilidade e elasticidade;
– Alto nível de segurança.
Independentemente do modelo escolhido, a oferta de recursos, o nível de elasticidade e de escalabilidade, o modelo de protocolos e as tecnologias para acesso aos recursos (segurança), além da expertise do fornecedor, são detalhes fundamentais que devem ser observados no momento da escolha.
A computação nas nuvens nas PMEs
Um estudo feito em 2014 mostrou que 26% das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras já usam soluções em nuvem. E esse percentual sobe para 47% quando a pesquisa é restrita apenas às corporações com mais de 250 funcionários.
Especialmente em um momento de crise, em que estratégias — como downsizing, reengenharia de processos e implementação de infraestruturas de TI mais eficientes — são usadas em abundância pela concorrência para reduzir custos e manter a competitividade, acompanhar as transformações é fundamental para se manter vivo no segmento!